A dependência emocional tem uma série de características e pode ter muitas causas, sendo necessário buscar as razões de pensamentos negativos e inseguranças, por exemplo. Por outro lado, é importante saber que existem muitos meios de superar esse comportamento.
Pessoas dependentes emocionalmente tendem a ter um cuidado excessivo com o outro, mas, até onde as relações sociais e afetivas são benéficas? A dependência emocional é um comportamento em que uma pessoa tem uma submissão a outra, para satisfazer as suas necessidades. Nos relacionamentos amorosos, ele é mais comum.
No entanto, ela vale também para as relações familiares, de amizade, profissionais e até mesmo para objetos, animais e substâncias.
Como já foi mencionado, a submissão é um dos sinais, além de:
- Abstinência, quando existe ausência daquilo que a causa;
- Dificuldade de tomar decisões;
- Insatisfação;
- Vazio emocional;
- Medo da solidão;
- Baixa tolerância à frustração;
- Tédio;
- Sentimentos negativos e desejo de autodestruição;
- Crises de identidade.
Há, no dependente emocional, uma baixa autoestima, já que há uma projeção da felicidade no outro. Portanto, é necessário descobrir as feridas e as situações que causam instabilidade, para que, aos poucos, se possa ir trilhando um caminho mais autossuficiente.
Pequenos ajustes em comportamentos e posturas devem ser levados em consideração:
Reconhecimento da dependência – se você nega ser um dependente emocional, então, será muito difícil solucionar esse problema. Depois disso, comece a tentar desvendar os motivos da dependência.
Não tenha medo da incerteza – dependência emocional e necessidade de controle andam juntos, pois quem sofre com isso precisa de segurança. Por isso, é importante ter a ciência de que não temos controle sobre algumas coisas, como, o futuro, por exemplo. Além disso, é fundamental sabermos que a única influência que exercemos se dá sobre nós mesmos.
Foque em você – trabalhe naquilo que te faz reforçar a sua identidade, e no que você pensa sobre si mesmo. Não fique valorizando muito a opinião dos outros.
Saiba dizer “não” – abrir mão de algumas coisas é essencial para mantermos a nossa autonomia emocional. Respeite a sua individualidade.
Não fique preso ao passado – focar no que já passou é colocar uma carga enorme no presente. Portanto, lembre-se mais das lições do passado somente, para que você possa fazer as coisas de uma melhor forma, no futuro.
Responsabilidade acerca das emoções – o que você sente não pertence a mais ninguém, por isso, não culpe os outros pelas manifestações dos seus sentimentos.
É preciso fazer um acompanhamento profissional, e o apoio familiar também é importante. Padrões de pensamentos negativos têm que ser identificados, substituindo-os por outros realistas e mais positivos.
Além do mais, a terapia ajudará a lidar com a ansiedade e estresse. “Para se livrar dessa dependência emocional, a pessoa precisa desenvolver competências, segurança, amor-próprio, autodirecionamento (percepção de capacidade de dar conta daquilo). O caminho é sempre para algo terapêutico — ou seja, a psicologia clínica — que ajuda a pessoa a se estruturar”. Explica o doutor Bottura.
É necessário, também, reconciliar-se com a sua solidão. Isto é, procure por espaços onde possa ser você mesmo e os aproveite. Faça ioga, busque um grupo que ande de bicicleta, faça um curso. Saiba que existe algo em você que não depende da outra pessoa.
O psicólogo e neuropsicólogo, Caio Moura afirma que “a questão aqui é que a pessoa dependente emocionalmente está com o seu EU tão enfraquecido, que precisa do outro para se sentir completa e, na presença de qualquer sinal sugestivo de independência desse outro, um medo do abandono toma conta da pessoa, a tornando cada vez mais dependente”.
Sendo assim, ele coloca que é fundamental construir o amor-próprio, para se buscar a cura. Ou seja, significa que a pessoa dependente emocionalmente é capaz de direcionar afeto a si mesma, não permanecendo nos relacionamentos porque precisa deles, por exemplo, mas por querer estar ali. Por fim, o psicólogo explica que “a psicoterapia ajuda no fortalecimento do EU, que é um dos pilares do trabalho do psicólogo, e isso transforma a vida das pessoas que passaram pela dependência emocional. O resultado disso é uma pessoa que se ama mais, faz as pazes com a autoimagem, dedica-se a si mesma e aos seus projetos e, mesmo sendo completa como pessoa, decide estar em um relacionamento, pois, apesar de não precisar dele para se sentir bem e feliz, quer estar ali para construir algo novo
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