Lidar com a dor da separação nem sempre é fácil e, muitas vezes, requer ajuda profissional, com o objetivo de não se desenvolver transtornos psicológicos. Para te auxiliar, foram dadas algumas dicas, nesse artigo.
A separação é um processo que vem acompanhado de dor, tristeza, raiva, culpa, etc. Além disso, toda a rotina pode ser bastante alterada, levando, juntamente, a esperança de um futuro juntos.
Edwina Langley, jornalista da BBC News, conta, em uma de suas experiências, que passou por um trauma bem difícil, acreditando que não seria mais a mesma, dali em diante.
Ela descreve, em seu relato, que, para esquecer alguém, sempre usou estratégias “pouco originais”, como “sair, ficar bêbada, dar um tempo e começar tudo outra vez”. Porém, segundo a jornalista, essa pode não ser a forma adequada de superar um relacionamento.
Foi, então, que a escritora, nos oito meses seguintes, se dedicou a o que chamou de “terapia do coração”, que consistia em caminhar, nadar no mar, chorar e trabalhar mais do que nunca. No entanto, essa técnica também falhou.
A ausência de amigos e das visitas fez com que Edwina refletisse muito sobre uma cura para o coração. Apesar disso, ela teve a sorte de poder contar com a família, mas, nem sempre, há quem consiga ter o apoio de pessoas mais próximas.
Jo Hemmings, psicólogo comportamental e coach de relacionamento, afirma que "essencialmente, (a dor da separação) é um estado de perda emocional devastador",
"Embora seja diferente para cada um de nós, os sentimentos intensos de tristeza, luto, e a sensação avassaladora de nunca ser capaz de superar a dor, são comuns."
"Em termos cerebrais, as áreas responsáveis por sentir dor física 'acendem', da mesma forma, como se você estivesse realmente sentindo dor. Também desencadeiam sintomas de abstinência muito semelhantes aos observados em viciados [em drogas]." Explica o psicólogo.
"Em termos emocionais, um rompimento traumático leva aos cinco estágios do luto — negação, raiva, barganha, depressão e, finalmente, aceitação", explica Jo.
A psicóloga Fabíola Luciano, especialista em Terapia cognitiva, pela USP, diz que é preciso passar pela tristeza. Ou seja, não a ignore. Ainda, ela explica que emoções como raiva, frustração, cansaço, entre outros, são normais, e que eles diminuirão com o tempo.
Outra forma que Fabíola destaca como processo de cura é reservar um tempo para si mesmo, não sendo necessário ficar se cobrando o tempo todo. Além do mais, nada passa da noite para o dia, por isso, seja paciente e realista.
A psicóloga também afirma que é importante não lutar contra os nossos sentimentos. Por isso, aceite-os, e busque conversar e expor o que sente a amigos e pessoas próximas.
A seguir, serão enumeradas outras dicas para superar uma separação. Como, muito provavelmente, sua rotina irá mudar bastante, é interessante se reinventar sozinho e com outras pessoas:
Não fique idealizando o seu parceiro – reflita sobre o motivo de você ter admirado algumas de suas qualidades e pense em seus defeitos.
Elimine de vez as recordações – evite frequentar os lugares que vocês costumavam ir juntos. Não fique olhando, também, as redes sociais do seu ex.
Invista em atividades que te dão prazer – faça um curso, vá mais ao cinema, encontre os amigos e preencha o seu tempo.
Não se desespere para encontrar outra relação – isso pode aumentar a ansiedade e o risco de uma nova decepção.
Evite brigas – busque outras maneiras de resolver os problemas. O diálogo é mais importante ainda, quando o casal tem filhos.
Cuide-se – fazer exercícios físicos, cuidar da alimentação e escrever sobre os seus sentimentos são algumas formas de amenizar a sensação de fracasso e culpa.
Conheça novas pessoas – a mudança de ambiente pode ajudar no processo de separação, pois pessoas diferentes falam de assuntos diferentes.
Busque ajuda profissional – dependendo de quão traumática for a separação, será essencial procurar por ajuda. Um trauma pode causar transtornos psicológicos.
Organize o ambiente – limpar e reorganizar o espaço de trabalho ou seu quarto, por exemplo, te ajudará a renovar suas energias. Isso porque um espaço bagunçado pode sufocar e deprimir. Uma faxina geral fará com que você se sinta melhor.
Evite um contato recorrente com o ex – mesmo que seja importante um contato para resolver as questões do casal, essa atitude pode atrapalhar o processo ou causar falsas esperanças de reconciliação. Claro que alguns encontros serão necessários, porém, atente-se aos que são inevitáveis, e não os alimente.Lembre-se do motivo do término – no fim de uma relação, é comum nos recordarmos apenas das coisas boas. Contudo, é fundamental se lembrar do motivo do término e levar os aprendizados para o dia a dia.
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