Como agir com os filhos perante uma separação

O divórcio pode causar mudanças bruscas e incompreensões dos filhos. Por isso, nessa fase, é essencial deixar claro que a rotina deles continuará a mesma, sendo importante manter diálogo e o amor por eles.

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  De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi em 2015 que ocorreu o maior número de divórcios com guarda compartilhada, chegando a 80.513 separações no país.

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  No entanto, é importante ressaltar que o foco, nesses casos, independentemente de seu motivo, deve ser os filhos. Os pais precisam dialogar com as crianças, anunciando a separação.

Filhos e separação

  Também é essencial deixar claro qual foi a razão dessa mudança, para que os filhos não se sintam culpados.

Qual pode ser a melhor forma de contar sobre a separação?

  É imprescindível deixar claro que o casal está aberto para responder a qualquer pergunta, dando apoio às angustias dos filhos. Fale também sobre quando a decisão foi tomada e como tudo será feito.

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  É importante também saber quais são os desejos dos filhos, deixando claro como vai ser depois do divórcio. Dialogue, para saber o que eles pensam, quais são os seus sentimentos, dúvidas, medos, etc.

  Mesmo com a separação, é preciso que os filhos tenham a consciência de que o casal continuará sendo pai e mãe. Deixe-os seguros, quanto ao amor que eles têm, e de que certas coisas não irão mudar.

  Comunique os filhos, somente quando a separação for definitiva. Evite, dessa forma, desgastes desnecessários. Caso esteja se relacionando com outra pessoa, aguarde para a apresentar aos filhos, pois eles precisam de tempo para digerir todo o processo.

  A guarda, quando eles têm mais de 12 anos, fica à escolha deles. Caso tenham menos que essa idade, ela caberá a quem tem melhor estrutura emocional e psicológica.

  É preciso explicar o que é o divórcio, dando algumas explicações, como: “o papai e a mamãe irão passar a viver em casas diferentes, mas seremos para sempre seus pais e continuaremos amando-os da mesma maneira”. Ou, “a mamãe e o papai conversaram muito e decidiram que seria melhor não viverem mais juntos, mas o amor por vocês continuará sendo o mesmo”.

Como poderá ser a rotina?

  É importante não haver alterações nos ambientes das crianças, como escola, bairro, amigos, porque essa estabilidade irá auxiliá-las a seguirem com suas vidas.

O que não fazer?

  Nunca diga, no momento da separação, que o papai e a mamãe irão viajar, por exemplo. Não minta, como estratégia para diminuir o impacto do divórcio.

  Não ignore o que os filhos têm a dizer e, jamais, os afaste do convívio social, da escola, etc. Nessa fase, quanto mais apoio, melhor.

Quais podem ser as outras estratégias para ajudar os filhos?

– O pai e a mãe podem transmitir felicidade;

– Transparecer segurança é fundamental;

– Busque a ajuda de um psicólogo;

– Converse bastante;

– Respeite a saúde mental dos filhos, para evitar traumas.

Perguntas que, geralmente, os filhos fazem

– “Se eu me comportar, vocês voltam a ficar juntos?”

– “Qual é a frequência com que vamos nos ver?”

– “Eu vou ter que mudar de escola? Onde vou morar?”

O que diz a psicologia?

  A psicóloga clínica Patrícia Santiago afirma que a separação é muito impactante, principalmente, para as crianças de até 4 anos de idade. Nessa faixa, a criança não entende ainda esse tipo de situação, sendo fundamental que ela tenha a sensação de amor e proteção:

  “A criança entende pelo concreto, ou seja, precisa ver a mãe e o pai juntos para sentir que está tudo bem e saber que eles se amam”, relata.

  Se isso não ocorrer, a criança sentirá um rompimento em sua rotina, sem compreender o que causou essa mudança brusca:  “ver a mãe dormir sozinha ou ficar esperando semanas para ver o pai, por exemplo, traz muito sofrimento a essa criança, e isso pode interferir em sua vida adulta”, complementa a psicóloga.

  Além disso, nessa fase, as crianças tendem a ficar atentos às situações, boas ou ruins, gravando as atitudes presenciadas por eles. Tudo isso acontece por causa de neurônios-espelho:

  “A descoberta desses neurônios nos ajudou a entender como é a relação de empatia, ou seja, de olhar para o outro e sentir o que ele está sentindo”, explica.

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Márcio M.

Márcio “Monarca” como é conhecido no meio, é um grande entusiasta e incentivador do autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Conta com diversos anos de estudo e na difusão de conteúdos da área com o intuito de ajudar as pessoas. E, agora, propõe este projeto on-line com o objetivo de levar ao maior número de pessoas, conteúdo de qualidade e de forma gratuita.

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